quinta-feira, 5 de abril de 2012

Calado






Não espere me entender
Não espere que eu diga o que penso de você
Não é que eu seja complicado
Não é que eu não seja verdadeiro
Mas prefiro me calar a te dizer
O que a vida me ensinou em sua dureza
O que ela me mostrou em delicadeza
De todos os sonhos perdidos
De todas as expectativas mortas
De todas as atitudes tortas
Da palmatória que me tornou quem sou
Firme de caráter
Caminhante sonhador
Duro de dobrar
Pedra a rolar
Difícil de parar
Anjo sem asas
Vampiro em busca de sangue
Médico e monstro
Poeta insensível
Protagonista invisível
De joelhos a suplicar uma vida construída
Sobre alicerce de honra e grandeza de espírito

3 comentários:

  1. Que lindo! Senti como se fosse um desabafo de sentimentos endurecidos pelos dissabores da vida.
    Bj e boa semana ;)

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  2. Essa coisa de ser misterioso soa interessante, hehehe...ri muito, Ana.

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