segunda-feira, 5 de março de 2012

Remar






Não me pergunte o porquê
Não saberei te responder
Há tanto feito e machucado
Tanto desagrado e aprendizado
Que não sei porque tomamos um caminho ou outro
Se a sorte é um rolar dos dados
Ou se é caprichoso o destino de cada peça no tabuleiro
Tudo está escrito?
Ou é um jogo do que é provável?
É definitivo?
Ou cada fato é um passo em direção ao louvável?
Ontem à noite fui dormir tranquilo em minha cama
Enquanto muitos cruzavam a margem do rio da vida ou da dor do sofrer
Hoje acordei remando nas águas que me são possíveis navegar
Hoje vivi o privilégio daqueles que vendo outros caírem a sua volta
Têm na mão de um pai um apoio para caminhar
Se neste momento ainda me é permitido sonhar
Me é obrigação um bonito remar

5 comentários:

  1. Amei...
    Admiro muito seus pensamentos!
    Beijos!

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  2. Penso que nós mesmos com td bagagem que a vida nos dá, escrevemos entre linhas curvilíneas nosso destino.
    Bj passa lá tbm ... ;)

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